quinta-feira, 8 de maio de 2025

CBF: O Império Blindado de Ednaldo Rodrigues


Prometeu moralizar, mas se blindou com as mesmas armas dos caciques do passado. Ednaldo Rodrigues, atual presidente da CBF, está no centro de uma das fases mais obscuras do futebol brasileiro.

Quando Ednaldo assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Futebol, após o escândalo que derrubou Rogério Caboclo, muita gente acreditou que a "era dos coronéis" finalmente havia terminado. Mas bastou pouco tempo no poder para a máscara da renovação cair — e revelar por trás dela um sistema ainda mais blindado, estratégico e obscuro do que os anteriores.

Segundo reportagem explosiva da revista Piauí, Rodrigues se cercou de aliados e estruturou juridicamente sua gestão com contratos milionários e decisões internas que travam qualquer tentativa de mudança. A reforma do estatuto, costurada sob sua gestão, praticamente engessa a CBF, impedindo qualquer oposição real e blindando o poder presidencial como nunca antes.

Mas as suspeitas não param por aí.

Viagens luxuosas com dinheiro da CBF, contratação de advogados com salários altíssimos e sem licitação clara, aumento generoso para presidentes de federações estaduais (seus principais eleitores), e o uso da máquina da CBF para manter sua influência — tudo isso está na mira da imprensa e, agora, do Senado Federal.

Pior: a eleição que o colocou na presidência em 2022 pode ter sido viciada por fraude, segundo denúncia que chegou ao Supremo Tribunal Federal. O documento questiona até a assinatura de Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, levantando suspeitas de falsificação. Se for comprovada, Ednaldo pode ser afastado, e o futebol brasileiro mergulhará em mais uma crise institucional.

Enquanto isso, a seleção brasileira vive um dos momentos mais indefinidos de sua história recente. Sem técnico fixo, sem planejamento claro para a próxima Copa e com uma diretoria que só trabalha nos bastidores para se manter no poder a qualquer custo.

A pergunta que ecoa no ar é simples e perturbadora: quem comanda a CBF, e a quem ela realmente serve?

O torcedor, mais uma vez, fica de fora do jogo. O que era pra ser futebol virou teatro político. E os gramados viraram palco de um império onde reina a impunidade — e quem questiona, é expulso.






VIVI MOREIRA – RÁDIO ROTA 220

Vivi Moreira é Compositora, Produtora, designer e idealizadora da Rádio Rota 220 e Rock Fusion Produções. Escreve sobre música em geral e possui um canal de entrevista youtube da Rádio Rota 220 e é uma amante da arte e tecnologia.



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